Abrindo as portas.

Seja bem-vindo(a) ao meu Labirinto!
Aqui criador e criaturas se fundem e confundem até o mais astuto ser. Olhe querendo ver e não tema o que pode ser visto, afinal luxo e lixo diferem em somente uma letra - nem tão diferentes assim. Uma dica: Se perca para se achar. Se ache e pouco se dará a permissão para perder-se. Permita-se as permissões a bem das possibilidades.
Bom mergulho andarilho(a)!

quinta-feira, 17 de março de 2016

Lidar não é aceitar

Lidar não é aceitar
Mais direto impossível: Você se aceita?
Isso mesmo e pode olhar no espelho. Você se aceita!?
E antes que a bela, espirituosa, madura e quase santificada "resposta positivamente comum" venha, eu faço questão de repetir a pergunta: Você se aceita?
Para que não aja dúvida acerca do que pergunto, acredito ser interessante separar, no intuito de diferenciar, o verbo “aceitar” do verbo “lidar”. Sim, “lidar bem com você” é muito diferente de “aceitar você”.
Altura, peso, cor da pele, tipo de cabelo, quantidade de cabelo, família, membro(s) familiar(es), carreira estudantil, carreira profissional, pais, país, bairro, casa, carro, roupas, ter que usar óculos por não poder usar lentes, doenças crônicas, doenças, manias incontroláveis, ações psicológicas que te fazem parecer um E.T. diante das pessoas e mais um sem fim de itens que poderiam entrar nessa lista, mas por motivos óbvios estão de fora.
Mas... e ai: Quando se tem qualquer um deles... você os aceita ou lida com eles e finge aceitá-los?
Qual a diferença? Talvez nenhuma. Talvez todas. Como a vida é sua, vai do seu querer. Vai da sua disponibilidade para encarar aquilo que podemos aqui chamar de “verdade íntima e pessoal”. Aquela verdade que somente nós a vivemos, pois uma vez que está dentro de nós os outros só saberão se a colocarmos para fora. São tão íntimas e pessoais que nem mesmo no meio daquele grande pileque nós a soltamos e quando o fazemos, ela sai codificada, ou seja, quando nos lembrarem que falamos isso assim ou assado, faremos cara de paisagem, fingiremos não saber do que falávamos, mas saberemos que soltamos uma “verdade íntima e pessoal”.
Vejo o “aceitar” como já ter isolado aquilo que até certo ponto é um ponto de desafeto e identificado, trazido para um nível claro de consciência, catalogado, deixá-lo vendo TV no sofá, ido para o escritório pesquisar tudo sobre ele, voltar entendendo menos do que quando sai e ir conversando, trocando, conhecendo aos poucos e... realmente diante dessa troca de verdades ir aceitando a realidade dos fatos e buscando, se possível, uma forma de mudar. Quando não há a possibilidade de mudar vem a plena aceitação e foco nos pontos positivos desse item que, até então, me amargurava. Claro que quando chegamos a esse ponto, também, chegamos ao Nirvana e recebemos o certificado de Gran Mestre Shaolin Das Couves e poderemos escrever um e-book com todo o nosso conhecimento.
Já o “lidar” é fingir e forçar um “aceitar”, é enganar até a si mesmo. É evidenciar “aquele diferencial” numa tentativa de, com aquela exposição, logo livrar-se de olhares, piadas e perguntas que você julga desnecessárias.
Lidar é fazer piadas com o intuito de mostrar aceitação quando fica evidente que o intuito é justamente esconder-se dessa mesma aceitação.
Antes que me façam a mesma pergunta, já saio em resposta: Eu aceito lidar bem comigo! E... pronto! E... Pranto!
Aderlei Ferreira
173161151

Eu sempre vou - e passo! Quem fica!?

Eu sempre vou - e passo! Quem fica!?
Leviandade é uma palavra que se fosse fruta pareceria-se com uma pera e ainda assim não perderia seu ar arrogantemente negativo.
De sonoridade pesada, seria natural sugerir toda uma orquestra para sua pronuncia não causar assombramento. Ela soa tão pesada que beira o entupimento do ouvido pecador que a recebe como um castigo/penitencia. Interessante que, mesmo com todo esse pesar ela, no meio da música cantada pelo bandido, faz o incauto bailar qual beija flor em busca de novo néctar. Espia a poesia disso: - O voo da renovação da vida...
A verdade é que leviandade é qual bruxa de beira de pântano e estrada que lê a sorte em troca de um nada e só apresenta des-graça fantasiada de palavras que soam como uma marchinha de carnaval não escrita por Chico, mas que, também, tem o tal do "sei lá o que" "vai passar".
O caráter do que é leviano usa da falta de seriedade para, num agrego de valor algum, maldizer o outro numa falta - e circense elástica - tentativa de justificar sua investida. Lévia (nome daquele ser que, em feminino, aplica ou usa de leviandade) é qual cobra e onde já se viu cobra justificar o bote!?
A verdade, verdade mesmo é que cobra nenhuma dá nem mesmo entrevista. Quando muito, em respeito a imensurável fama, apoio, divulgação e patrocínio recebido pelo louvável Discovery Channel, ela envia um ou outro assistente de comunicação para dar um ou outro dado mais técnico sobre seu um ou outro grupo de atuação e hábitos comuns. E... (um ou outro) só!
Muitos foram os compositores que tentaram escrever músicas acerca dessa uma. A leviandade. Mas claro. Sua força é tamanha que a maioria fez a música, mas não conseguiu fazer a letra, logo, o que mais temos sobre o tema é música instrumental e ainda assim a organização se dá de uma forma tal que achar os instrumentos é um exercício ímpar. Isolá-los, então, é um trabalho hercúleo. Por que? Porque leviandade que se preza não é vista isolada. Sempre vem misturada, enrolada, entrelaçada e de uma maneira que não dá para separar. Tudo é tão bem feitinho, tudo é sempre tão lindinho que... impossível acreditar que "aquilo seja capaz disso". Quer o mais interessante? Nem o grande Rudini descobriu como, mas a leviandade sempre faz com que tudo fique a favor dela e todos os acontecimentos, falas, atos, ações e até a moça do tempo, ocorra e discorro a favor dela.
Certa feita foram, para a Argentina fazer um curso de tango, os senhores Comportamento, Insensatez, Irreflexão e a senhora Jogatina. Todos levaram um baile da Leviandade! Imaginem que ela sozinha consegue colocar para dançar todos esses e mais alguns!
Realmente - eu penso - é sempre muito bom manter distancia segura de alguém que tem um nome tão musical, que coloca muitos para dançar e, ao mesmo tempo, se perde quando e´traduzido para outros idiomas.
Enfim, como diria Luiz Melodia:
Se alguém perguntar por mim
Diz que fui por aí
Levando um violão debaixo do braço
Em qualquer esquina, eu paro
Em qualquer botequim, eu entro
E se houver motivo é mais um samba que eu faço
Se quiseres saber se eu volto diga que sim(...)

terça-feira, 15 de março de 2016

Reencarno ou desencano?

Reencarno ou desencano?

Os ditos populares vão não somente além dos tempos, mas igualmente além da vida, creiam-me.

Sinceramente não sei, mas confesso que não é necessário refletir muito para chegar a conclusão, no mínimo, dúbia de que é pensar pequeno demais acreditar que do nada viemos e que para o nada voltaremos.
Como assim, acreditar em um Cristo chamado Jesus (e em tantos outros com tantos outros nomes) e parar a reflexão na morte de um corpo onde a inteligência vai muito além desse planeta e do pensar simples?
Senhores, por favor, não precisamos nos abengalar nas incertezas e muitas posições de um mesmo livro, mas podemos nos apoiar a lógica na lógica da sequencia dos fatos para, fácil, concluir que dificilmente a ideia do "não reencarnacionismo"  será um dia válida.
Se assim fosse seria cômodo dizer que matei, roubei, trai, menti e cometi um sem fim de outros delitos contra a moral e que nada resgataria.
Sinto imensamente, mas não preciso de religião para chegar ao pensamento de que aqui estou e aqui voltarei para continuar o que aqui comecei. Se assim não fosse, pouco teria sentido ser.

De uma forma geral, vejo os não reencarnacionistas, alegando que tudo acaba aqui porque se aqui continuar muitos, simplesmente, ficariam loucos diante das loucuras que já cometeram seus pares.

O texto é curto. Sem pé nem cabeça. A reflexão foi pega no ar, solta no mar. Quem quiser que navegue.

Bon voyage!

Aderlei Ferreira
153161242

terça-feira, 8 de março de 2016

Mulher

Mulher
Poucas constroem dignidade para honrar tão nobre e abençoado título.
Poucas cumprem a especial - e única! - missão atribuída somente a esse ser. A de ser e a de fazer ser independente de qualquer outro ser.
Aquelas que dizem "não mexa com um bicho que todo mes sangra" são as primeiras a se retiraram da tão nobre fileira acima e se colocarem em uma fileira de animais que tiveram a sorte do poder da regeneração e o jogou rio abaixo por não entender, de fato, o que é ser mulher. Por não alcançarem o real significado do universo que circunda, com Divina aura, essa palavra.
Ser mulher é ter um contato mais íntimo, mais direto e quase irrestrito com o Criador.
Ser mulher é ter um coração muito mais resistente e que bate muito mais vezes, muito mais forte e paradoxalmente muito mais sereno.
Ser mulher é ter o dom do aconselhamento, do canto, do brilho no olhar, da constante confiança, fé e esperança.
Ser mulher é ser simples, amar complexo e viver intensamente em si, no outro e ter o outro, qual canguru, adentro de si.
Ser mulher é ser aquele "Amém!" no final das nossas orações diárias.
Amém!
Aderlei Ferreira
08.03.2016

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Fabíola traiu!? E daí!? Você vai, mesmo, ter a desfaçatez de atirar a primeira pedra!?

Fabíola traiu!? E daí!? Você vai, mesmo, ter a desfaçatez de atirar a primeira pedra!?

Czar ressuscitou! Os leões voltaram a ficar famintos e o povo aceita pão para não revoltar-se contra o governo.
As Fabíolas - e tantas outras! - não passam de mesas onde o povo, em sua maioria, posta/serve sua essência no prato da pouca moral.
Segundo as principais religiões, "é nosso dever e salvação..." exercitar diariamente sermos bons, praticar o bem, apreender a perdoar, praticar o amor ao próximo e buscar uma felicidade plena evitando a ilusão dos prazeres   efêmeramente vulgares.

Segundo o que vimos (sobretudo no, suposto, anonimato da internet), são pessoas sem um mínimo de senso de respeito e compaixão.
Fica claro que o ser humano (ainda) é ruim, é vil, não sabe perdoar (e mostra não ter o mínimo de interesse em aprender ou ainda pior: apreender), desconhece a indulgência e mais! Ignora que hoje ele julga, joga pedra(s), expõe a outros sem pensar nas consequências desse ato, mas que amanhã pode ser ele a estar na mesma posição que julga para culpar e culpa sem a menor possibilidade de perdão. Seu coração está tão obscuro, e sua mente tão sem valores, que mesmo havendo pena (e prisão) não haverá o perdão e muito menos a graça do esquecimento.

Fabíola errou? Sei lá!!! Até porque não sou habilitado a julgar e mesmo que o fosse, antes de fazê-lo precisaria saber qual seria a lei a embasar tal julgo. A do homem, a de Deus, a do Santo Matrimônio ou a do casal em questão. Ao fim, não a conheço, não conheço sua vida e muito menos sei o que a motivou a cometer tal ato. O que sei é que ela é um ser humano como outro qualquer e que o fato do vídeo ser postado na internet - e virulizar - já é pena máxima com um peso sem igual para qualquer um. Esteja ele culpado, inocente ou ambos ( vai saber qual a real visão do povo hoje).

Ao fim, paro de escrever na areia, levanto e digo: - Aquele que nunca pecou que atire a primeira pedra.
Gente, na boa, Cristo disse isso e, calmamente, voltou a escrever na areia. Pelo que vejo por ai, hoje ele teria que dizer isso e sair correndo para que a chuva de pedras não o atingisse. O ser humano não é humano vai tempo e é hipócrita por quase todo o tempo. O carnaval dura quatro dias, mas as máscaras são usados por todo o ano e as fantasias mudam de acordo com a vontade/necessidade.

Na boa, não vejo vergonha no ato da Fabíola; até porque, no Brasil, o homem dita que adultério não é mais crime.
Vejo vergonha ao perceber que tanta gente, espontaneamente, consegue achar graça em um ato de tão intensa desgraça.

A verdade é que: Enquanto seres humanos, devíamos sentir vergonha do que ela fez, do que o marido fez, do que o amante (e cunhado) dela fez, do que o amigo do marido fez, do que aquele que virulizou o vídeo fez, daquele que assistiu e sorriu fez.
A verdade é que: Enquanto seres humanos, devíamos ser mais humanos. E pronto. E pranto.

Quer um fechamento para essa reflexão? Não o farei, mas deixarei um pensar: O mundo tem se perdido cada vez mais. Sugiro que, ao invés de criticar, rir e apedrejar as Fabíolas, que cada um busque o seu adiantamento moral, espiritual e intelectual, pois conseguir rir de um fato como esse é ser pequeno demais. É ter um espírito atrasado demais, uma intelectualidade pouco trabalhada e (o pior) uma moral quase que totalmente falida.

Que Deus seja misericordioso com a Fabíola (vai e não peques mais...), que possa acalmar o coração daquele que sentiu-se traído e que a internet saia do ar para que o povo olhe mais (verdadeiramente) para o povo.



Aderlei Ferreira
Voltando para Pasárgada, pois lá a "traição" é vista como crime gravíssimo e punida com o fim do relacionamento.
É verdade... Lá. você só pode casar depois que "se bastar" e entender que o outro é bem vindo por não precisar suprir absolutamente nada.
A função do outro será apenas te respeitar e te amar. Exatamente nessa ordem.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Pseudo-fotografia

Pseudo-fotografia

Será que uma hora esses "pseudo-fotógrafos" se darão conta dessa realidade? Por favor, não adianta ir até as Casas Bahia, comprar (parcelando em 24 vezes) uma máquina que se destina a pessoas que gostam de fotografia e as farão sem compromisso algum. As tais "máquinas de entrada" ou as um pouco mais avançadas, chamadas de semi-pro e sempre usá-las no automático. Nem uma e muito menos outra farão de você um fotógrafo e muito menos o habilitarão a usar título de. Por favor, não adianta assistir meia dúzia de vídeos do Youtube "dando dicas de fotografia", ou fazendo os tais unboxing, ou os típicos "como usar ou como fazer" que eles não farão de você um fotógrafo e muito menos o habilitarão a usar título de. Por favor... Cursinho de centos contos e uma tarde de sábado!? Esquece! Eles, também, não farão de você um fotógrafo e muito menos o habilitarão a usar título de. Por favor, (mais uma vez) não adianta ficar visitando sites de dicas ou mesmo ir ao Youtube para "aprender" a usar programas como lightroom ou photoshop porque eles não farão de você um fotógrafo e muito menos o habilitarão a usar título de. Por favor, não adianta chamar aquela sua amiga, que para muitos pode até ser bonitinha, fazer um book de graça (sempre cheio de falhas, defeitos e total ausência das regras da fotografia), publicá-lo no facebook (onde seus amigos veem uma coisa pensam outra e falam outra completamente diferente) e acreditar que isso fará de você um fotógrafo e muito menos o habilitarão a usar título de. Por favor, não adianta anunciar, em sites de compras coletivas, um serviço por 10% do seu valor de mercado porque isso, também, não fará de você um fotógrafo e muito menos o habilitarão a usar título de. Tudo que escrevi até aqui faz (e não mais fará) de você uma "pessoa descansada" que se nega a estudar de fato, que se nega a seguir um mercado com coerência, respeito e acima de tudo responsabilidade. Sim, quando você faz tudo isso descrito acima, saiba que você está empurrando para fora do mercado um profissional que, na maioria das vezes fez, no mínimo, dois anos de faculdade para aprender arte, leitura de luz, história da fotografia, regras gerais de fotografia e mais um sem fim de matérias que exigem mais que tempo, exigem dedicação, determinação e perseverança. Então, além de um irresponsável você, também, é um desalmado que tira o ganha pão de algumas famílias ao cobrar 1 décimo do valor de mercado porque tem alguém na sua casa que paga as contas e você só precisa fingir que trabalha. Uma pena ser assim, pois se você fosse sério conseguiria ver que fotógrafo não é profissão para "descansados", vagabundos e similares. Fotógrafo é profissão para quem está disposto a estudar sempre, estar sempre conectado ao passado e presente para conseguir criar um futuro com seu estilo único e sua assinatura na maneira de fotografar. Por fim? Por favor, se vai cometer o crime de falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão que, ao menos, o faça sem usar o sagrado nome de fotógrafo. Diga que você é um hobbysta que descobriu o amor pela fotografia e está tentando se aperfeiçoar para dar o melhor de si.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

O futuro, a mim pertence

O futuro, a mim pertence.
Tive alguns poucos ciclos e reciclos em minha vida. Em verdade, nunca fui de grandes histórias e elevada emoção. Meu passado foi presente, forte, bem vivido e bastante saudável, do ponto de vista comum.
Depois de uma certa idade, após alguns acontecimentos, mudei completamente meu jeito de ser, meu modo de agir, porém consegui preservar alguma essência do meu pensar. Claro que, dado a desequilibrada política do momento, aprendi a usar eufemismos e até a mentir (mais para mim que para o outro).
Feio. Muito feito, mas, diferente do que se pode pensar, o meu passado recente não me incomoda. E isso pelo simples, real e direto fato de já tê-lo vivido.
O que me deixa, até certo ponto, incomodado (em um bom sentido) é o meu presente, pois tenho que vivê-lo com maestria a bem de um futuro com o mínimo de dor possível (para mim e à quem escolhe estar comigo nessa senda e isso seja como par em qualquer nível).
Como bom sagitariano fico um tanto angustiado pelo meu futuro. Porque tenho que fazê-lo e hoje, mais do que nunca, entendo que o meu futuro começou a um minuto atrás. Logo assim que o presente virou passado e deixará seus resultados para o futuro.
E aqui, esse fato de não ser incomodado pelo passado pode, soar, parecer arrogância, mas o que posso fazer pelo passado está no futuro. Para criar um futuro pleno não posso deixar o passado como incômodo e sim como aprendizado. Entender que foi uma semente que posso fazer germinar ou atuar de forma a fazê-la ficar somente no passado.
Fui tantos em tão pouco tempo que tenho, à minha disposição, um verdadeiro exército para criar um futuro sem igual.
Tenho tantas experiências, experienciações, vivências e passagens que, não tenho dúvidas, que o futuro será  diversificadamente espetacular. E não no sentido de filme, palco ou histórias para outros, mas sim espetacular no sentido de muito bom, pois só quem viveu o mundo e muito de suas gangorras entre tristezas e felicidades, pode, quando quer, fazer um mundo especial para si mesmo.
Vivi, no passado, o impensável para muitos. Fui além de mim mesmo e apreendi não somente a me permitir, mas igualmente a levar o outro a permitir a si mesmo.
Errei? Algumas vezes feio.
Acertei? Algumas vezes de forma megestosa.
Mas nunca fui de ficar no meio do caminho, na corda bamba. Não menos que qualquer outro em minha posição, com os mesmos objetivos que eu.
Tive coragem para muitas coisas, para outras declinei sem refletir e algumas outras me permiti ser visto como covarde. Se bem que só quem vive sabe, naquele momento, no seu momento, o que é viver, logo covarde se é a sua visão é uma mostra de coragem assumí-la. Se é a visão do outro, mas não sua, é apenas a visão do outro. Que o outro viva o que você viveu e tome suas próprias decisões e faça um auto, e justo, julgamento de seus próprios atos.
Arrependimento existe. Se pudesse teria mudado algumas coisas, coisas inclusive que o leitor jamais acreditaria que eu mudaria. Mas mudaria, sim. Ah, mudaria!
A questão é que, quando acolhemos o que fomos, o que somos e o que podemos ser o arrependimento dá lugar a outro sentimento. O sentimento de entendimento de nossas imperfeições e da imensa possibilidade de mudança que todo ser humano tem.
E, de modo algum posso cometer as maiores atrocidades do mundo porque as corrigirei no futuro. Não é isso que falo, falo de quando fazemos escolhas que depois podem ser vistas como um erro, falo de quando cometemos atos que, após reflexão - e tempo - chegamos a conclusão que não era aquele o melhor e mais possível caminho a seguir.
Falo de atos, ações, atitudes e decisões que podemos sim não repetir. Notem que nem falo em reverter, pois entendo que alguns tempos não são passivos de volta. Pode-se fazer melhor em um outro tempo, mas não voltar aquele tempo. Isso não.
E hoje, no presente, olho meu passado e fico feliz por tê-lo vivido.
E hoje, no presente, olho meu passado e fico instigado a fazer um futuro diferente, melhor e mais vivo.

Obrigado a mim mesmo por me trazer até aqui e nunca me abandonar.
Obrigado Deus pelo livre arbítrio que me deu!

domingo, 7 de dezembro de 2014

Savana

Savana

Eu sou da África.
Sou da África alemã, da África europeia, da África francesa, da África brasileira e posso ser de qualquer África, desde que não me tirem da África que sou.

É na savana deserta, pés no chão, pouca roupa e muito desejar no pensar de cada um que vejo negros desnutridos de tanto andar, caminhando quilômetros para ter alguns poucos litros de água suja. Falta-lhes, menos amor ao próximo, menos amor a África que lhes cabe.
Eu sou da África e a África é de mim.
Vou a missa, aceito mesclar qualquer religião, só não tirem a África de mim.
É na savana que quero beijar as mãos dos meus pais, bater cabeça e pedir a benção dos Orisás. Por quê? Porque sou da África e acredito na África em mim!
Sou negro, mas podia ser verde, lilás, rosa ou qualquer outra cor. Não é a minha cor... é o meu espírito! Ele é África!

Asé para os que conseguiram ficar!
Asé para os que conseguiram voltar!
Asé para mim que estou aqui, mas não saio de lá!

África! Vem me buscar! Despeja tua terra em mim! Faz-me homem de dançar com gingado, de enlouquecer com os pares em cheiro forte de espantar bichos, em cabelos encaracolados para nas árvores, da savana, não enroscar. África em mim! De natureza perfeitamente simples.
Quero voar, parir um mundo, ouvir Ali Farka Touré e revisitar a minha África; a África em mim.

Sou pai, mas não o seria se filho não fosse. Força! Tenho a África em mim!

Aleluia? Amém? Axé? Asé, mãe África! Curvo e peço o seu asé! Porque só tu me abastece quando o dia quente vira noite fria, as crianças pedem o que não tenho, mas tu me darás para dar. Caminhos. A fé em dias melhores e a força para melhorar dias piores. 

Sou África e isso não faz de mim um miserável feliz, isso faz de mim um homem que assume, acolhe e é feliz por ser como muitos outros que seguem a vida. Todos seguem, a diferença é que tenho a África em mim.

Sou de bater cabeça, amarrar palha nos braços, usar turbante, ter dia certo para o branco e sou feliz!
O resto faço igual, repito que a diferença está em ser d'África que carrego em mim.

Por minha terra!
Assim como judeus, muçulmanos, católicos, taoistas eu sou das verdades da África, das vestes da África, das crenças da África. Não vejo peso nisso. Alivio! Alivio ao saber que posso contar com o que acredito e que posso dormir chorando, mas acordarei sorrindo.
Por favor, não porque sou negro... Repito que não é a cor em mim. É a fé! A fé que carrego até sozinho. É a fé que carrego até quando me perco de mim.

Eu sou África, eu sou assim.

Asé!

Aderlei Ferreira
Um legítimo descendente da África.
512140000

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

E a guarda compartilhada?


E a guarda compartilhada?
O assunto em voga é que o senado já aprovou a guarda compartilhada.

Tenho lido muito sobre isso e tive a oportunidade de cruzar com visões tanto favoráveis quanto contrárias.

Todas, num primeiro olhar, bastante pertinentes, mas o fato é que a guarda compartilhada é uma realidade bem vinda. Muito bem vinda.

Ela impossibilitará que a mãe desequilibrada fique “só” com o filho, isso além de gerar uma outra visão, de equilíbrio ao filho, poderá auxiliar em uma melhor formação a ele.

O sempre tão citado “pai irresponsável” terá, na guarda compartilhada, a oportunidade de ser responsável e assumir o que lhe cabe como 50% genitor.

O fato, que voga e faz o liquidificador humano funcionar é que, com a lei, todos terão ordinariamente (o mais comum, o que será usado como premissa) o direito de estar com seus filhos.
Muitos poderão abrir mão desse direito, mas a lei auxiliará a uma nova realidade: Da mesma forma que tem mulher que é mais macho que muito homem, tem muito homem que tem muito mais sensibilidade, foco e "amor materno" que muita mulher e são esses homens que serão, sobretudo, beneficiados.
Sem contar que uma mulher refletirá duas vezes antes de tentar o "golpe da barriga". O que, também, auxiliará para que nasça mais crianças e menos moedas.


Sim, a guarda compartilhada auxiliará para por um fim a “profissão de ex-esposa” e seguramente acabará com a profissão de “mãe profissional”. E todos poderão dizer livremente: - Quer dinheiro? Faz o que eu fiz: Corre atrás e faz acontecer!

Hoje eu vejo um novo mundo, um mundo de pax, afinal não adiantará brigar e para tirar a guarda compartilhada será necessário, às interesseiras, “forjar muito mais provas”, elaborar mais, ou seja... trabalhar mais e penso que, diante de tanta incerteza, elas optarão por, como todos, trabalhar de verdade e fazer acontecer de uma forma “mais honesta”.

Que a senhora presidente assine logo essa lei para que “homens de bem” possam, finalmente, gozar do prazer de criar, educar e ter seus filhos sob suas asas, afinal o sol nasce para todos, não?

E antes que chova e-mails e/ou se utilizem de má fé para dizer que o texto acima foi indireta, já digo: Aqui não mando recado para ninguém, por favor, uso meu livre pensar para externar minha – e de muitos outros – visão e tratar de um assunto que é voga, afinal a página, também, é para isso (um absurdo ter que dar satisfações, mas cest’ La vie...)

terça-feira, 28 de outubro de 2014

E agora eu posso falar!?

E agora eu posso falar!?
Mesmo gripado, e quase morto, tenho visto o povo falar em ereção, ops! desculpe, eleição.
Quem era Aécio, diz que os votantes de Dilma são burros, loucos e pobres. Quem era Dilma, diz que a corja dos Aécianos não vale absolutamente nada por serem, sobretudo, burgueses e arrogantes que comem sardinha para arrotar caviar.
Não sei de politica e por mim, sinceramente, votar deveria ser como doar sangue: Ao final tinham que me dar um lanchinho. 
Assim a tal boca de urna estaria cheia e não aos gritos de fome por voto.
De verdade, são 01:13 da manhã e eu, sinceramente, já esqueci em quem eu votei. Você lembra? Eu duvido!!!
E podem brigar comigo. Sou brasileiro e como a maioria não sei votar. Peço, na maior cara de pau, ajuda aos universitários (ou devo dizer, universiotários?) e deve ser por isso que, mesmo o BNDES não emprestando dinheiro para fora do Brasil, dizem que emprestou para Cuba. Como assim!?
A verdade é que a maioria só estuda política em época de eleição. Estuda? Por favor... É sabido e notório que quem nos diz em quem votar é o outro mais próximos a nós!
Faça qualquer pergunta mais técnica e verá o quão o brasileiro não sabe votar.
Pensar no coletivo, então... Nem a pau Juvenal!
Tenho amigos que, com o PSDB, ficaram anos sem nenhum aumento salarial.
Tenho parceiros comerciais que fecharam as portas na época do FHC.
De novo, não sei, mas não é que o Aécio Neves me lembrou a mesmíssima postura, trejeitos e jeitos do Collor? Sim, o mesmo que foi expulso pelo povo depois que a Globo disse que ele não valia nada.
Lula é bicho véio em política, eu sei. Dilma foi parte contrária a ditadura. Isso é o que contam, ela conta e ninguém dá desconto, mas putz! Eu tinha mesmo que votar no Aécio? Por que!?
Que a Bolsa Família - e todas as outras bolsas- me perdoem: Eu. Não. Lembro. Em. Quem. Eu. Votei!
Lembro que quero um país melhor. E não só para mim, mas para todos os brasileiros que virão depois de mim.
E fecho: Não discuto política, discuto verdades. Mas... Como no Brasil quase tudo é mentira... Eu não discutirei esse post. É sério... não discutirei!
Obrigado a Rede Globo que acabará com o Horário de Propaganda Gratuita e volta para a propaganda política paga.
Tenho dito.
E nem vou assinar, assim se falarem alguma coisa eu digo que copiei de algum lugar e desconheço o autor!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

27. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Controle de qualidade.

27. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Controle de qualidade.

Aí, véi... Tava vendo aquele programa onde testam as fidelidades dos outros. Bicho... O que é aquilo? Só gostosa nos testes...
Pô mermão, se a Isabelle fizer um teste de fidelidade comigo eu caio facinho, brou.
Até porque, brother, nunca consegui passar em nenhum teste, mesmo. É histórico, manja?

Aderlei
163142252

quarta-feira, 9 de abril de 2014

26. Osvaudo Oumundi e suas indigninações - O Homem do Saco Ecxiste!!!

26. Osvaudo Oumundi e suas indigninações - O Homem do Saco Ecxiste!!!
O telefone toca, Isabelle atende:
- Aí, Isabelle, vou ser escritor agora...
- Bom dia para você, também. Escreverá sobre o que?
- Estou com uma ideia muito boa. Vou escrever sobre Mitos & Mistérios.
- Como assim, Osvaudo!?
- Exemplo: Quero explicar que o homem do saco ainda existe, entende?
- Não. Como assim, Homem do Saco existe?
- Pô, Isabelle! Tu é limitada mermo, mermão... Por exemplo. O seu chefe é o seu Homem do saco, moras?
- Ah, Osvaudo, faça-me o favor!!! Acho que bebeu desengordurante na faxina da manhã! O meu Homem do Saco é você! E desliga o telefone.
- Pô brother, as pessoas não estão prontas para a verdade. Vou engavetar meu livro e ir surfar...

Aderlei Ferreira
143141222

quarta-feira, 2 de abril de 2014

25. Osvaudo Oumundi e suas indigninações - Só perdemos...

25. Osvaudo Oumundi e suas indigninações - Só perdemos...
A gente só perde grandes nomes da nossa música...
Pô, mermão! Primeiro Levaram Elis, aí foi o Tim Maya.
Belê, nos deram o Renato Russo, mas também levaram.
Agora puxam Nélson Ned lá pra cima!?
Eu, no lugar do Seu Jorge, ficava esperto, brou...

Aderlei Ferreira
51141832

quarta-feira, 26 de março de 2014

24. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Comedor de minhocas!?

24. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Comedor de minhocas!?
Ai, brou... Há muito tempo namorei uma dona que trabalhava em uma importadora de bebidas. Caraca, nunca bebi tão bem!
Depois outras vieram, mas não demorei para começar a namorar a dona de um restaurante de alta gastronomia.
Pô bicho, nunca comi tão bem!
Agora conheci uma moça super legal, mas dispensei...
Mermão, ela trabalha com humos de minhoca!!!
 
Aderlei Ferreira
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quarta-feira, 19 de março de 2014

23. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Vamos processar o processo!?

23. Osvaudu Oumundi e suas indignações – Vamos processar o processo!?

Ai, mermão, tô indignado!
O Tonho é negão. Raçudo, mermo.
Fui brincar com ele e ele veio com um papo de processo por racismo.
Véi... Entrei num acordo e paguei centus contos para ele não ir à justiça.
Mas, depois de ouvir as alegações dele fiquei pensando:
Hoje ser branco, hetero e não ser pobre virou um absurdo.
Antigamento português era burro, loira era burra, preto era negão, branco era branco azedo e tava tudo certo.
Agora tu canta uma mina chamando de minha preta, se ela não gostar da cantada, dá processo. Se bater na bunda, então, da Maria da Penha.
Se tu olha um cara, que te olha de cara feia, e chama de viadinho, dá processo.
Favela virou comunidade. Pobre virou "menos favorecido" e eu continuo branco.
Ai, brou, na boa... Para esse mundo que eu quero descer.

AsF
1410131322
 

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